quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sem título

 Eu gostaria que algo ou alguém viesse e me salvasse dessa angústia
Gostaria de ver uma solução
Quero muito dar uma boa guinada para sair dessa mesmice
Não quero mais lamentar ou dizer 'se' isso acontecesse ou não acontecesse
Sinto uma dor no meu peito como se a demora de Deus fosse um castigo pelas escolhas que fiz, pelas atitudes que tomei
Sim, Deus não castiga, colho o fruto que brotou da semente que plantei,
mas degusto o amor com pinceladas amargas da minha ansiedade
em querer experimentar que nova liberdade terei direito a ter.
Ai, não me arrependo de nada,
Só quero continuar a me sentir livre,
mesmo que essa liberdade venha disfarçada.
Que venha de outro jeito,
que venha sem jeito,
mas que venha!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

E a criança tem vez?

  É incrivel como certas emissoras de televisão estão descartando o público infantil.  Quem foi criança um dia sabe a importância que os desenhos animados tiveram para a sua formação. Logo, o público infantil merece uma atenção maior e de melhor qualidade.
  A TV Globo, por muito tempo exibiu a tv globinho com seus desenhos antigos e capítulos repetidos, agora puseram, em um período simultâneo às férias escolares, mais um programa informativo desta vez regido por Fátima Bernardes. Desculpa aê mas neste programa os assuntos poderiam ser abordados por apresentadores da mesma emissora, os que já estavam na grade, sem que houvesse prejuízo de público.
  Daí, pra compensar, exibiram alguns filmes de classificação livre nas sessões da tarde, como se hoje em dia ninguém pudesse assistí-los pelo computador, alugando na SKY, ou numa dessas extintas locadoras de bairro.
  Feliz foi Pedro Bial que está numa onda meio "Altas Horas", intelectualmente "bicho grilo" universitário - pela proposta de debate -, e com um requinte de "Programa do Jô". Original, se levarmos em conta que "nada se cria, tudo se copia" e inteligente é quem copia repaginando.
  Feliz é o SBT, com seu programa "Carrosel Animado" seguido de "Bom dia e cia", com Patati e Patatá (palhaços que viraram epidemia infantil), Priscilla (uma doce menina) e Yudi (um rapaz que visívelmente se barbeia - algo diferente no cenário "apresentadores de programas infantis brasileiros").
  Feliz é ainda o SBT, investindo na novela "Carrossel" que está vendendo CDs aos baldes. Eu ainda daria uma sugestão à produção da novela ou à autora Iris Abravanel, a patroa de Silvio Santos:
- LANCEM DVDs COM COREOGRAFIAS FEITAS PELOS PERSONAGENS, tipo as dancinhas da novela "Chiquititas" só que repaginada. Isso vai virar febre nas festas das escolas, pois professores além de exercerem as funções de educadores, psicólogos, antropólogos, recreadores, músicos, equilibristas, e etc e tal, são obrigados a terem, em muitos casos, um súbito desenvolvimento de criatividade musical nas festinhas escolares. Eu sei porque sou professora!
  Logo, se houvesse mais materiais como este por mim sugerido, muitas, se não todas, agradeceriam! E não só elas, os pais também.
  E viva o público infantil!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Penteado

  A minha filha está se tornando uma mocinha linda e pensei "não posso pentear o cabelo dela como se fosse uma nenénzinha", então comecei a pesquisar os melhores estilos de penteados para ela.



 Na primeira tentativa fiz algo como um monte de xuxinhas, mas a minha filha ficou tão incomodada com o penteado que ela resolveu protestar arrancando-as da cabeça e junto aos elastiquinhos boa parte do cabelo.
 


Como eu não quero ver minha filha careca, busquei outras opções, como por exemplo:
  Mas descobri que não tenho talento nenhum para esse e outros tipos de artesanatos. Além disso, meu manequim é uma criança que não aguenta ficar quieta, esperando o artista terminar essa obra.
  Parti, então, para a opção 4:


   Ao contrário do que as pessoas pensam, nem todas as crianças ficam bem de arquinho para enfeitar a cabeça.
   Felizmente, ou não, minha filha puxou o tamanho da testa da mãe e os arquinhos de cabelo não combinam, principalmente os adereços de crianças que são volumosos e cheios de "fluflu".

Com a minha filha quase careca de tanto puxar os cabelos quase apelei para uma loucura ...

  


  Que tal esse penteado, não dá trabalho e não importa se o bebê arranca o cabelo.
 


O que fazer? Já sei!
Enfim, encontrei uma solução



  Com duas horas de trabalho consigo enfim terminar um penteado como esse acima. Como eu disse, minha modelo mirim não suporta esperar a conclusão do artesanato. Esperemos por alguns anos, quando ela quiser ir ao cabeleireiro.
  Ai mei bolso!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Ó nóis aqui tra vez!

   Estou de volta! Estive em uma experiência extra corpórea maternal, e levantei, às 06 da manhã, para matar um pouco da saudade de escrever.
   Nesse período vi o filme Marley e Eu, e como eu estava de TPM, chorei horrores. Confesso que qualquer filme que eu veja com cachorrinhos fofinhos e amigos eu choro. Só não vou contar porque chorei pois quero ser justa com aqueles que não viram para que possam ver, mas nesse filme eu também ri com a parte do "amor afetado" pelo nascimento dos filhos.
  Digo "amor afetado" porque por mais que treinemos a nossa ma e pa - ternidade com um cachorro danado de levado, ou com qualquer outro bicho, é tudo muito novo e diferente ao casal que tem um ou mais filhos. Já vi alguns casais se separarem pr algum tempo devido as dificuldades de adaptação  com a chegada de um bebê.
   Mulheres estressadas com a falta de descanso e homens que não entendem dizendo estar eles cansados também. Mas se pormos na balança te garanto que a maternidade, na maioria esmagadora dos casos, pesa mais. Mas tudo compensa e isso um dia vai passar de fase, indo para outro patamar que ainda desconheço.
  O tempo a dois vai-se escorrendo pelas mãos como areia da praia porque você começa a conjugar o verbo amar nas noites em claro, nas horas desregradas de alimentar-se,  na falta de descanso durante o dia, ...
  Assistam! Lembrei de um dos meus cunhados que disse certa vez que queria ter uns cinco filhos, mas gosta de tirar um cochilo depois do almoço, entre outras regalias. Se quiser Deus que todos os cinco respeitem a hora de descanso do papai (kkkkk), ele terá que se preocupar, pois criança sente a necessidade de acordar quem estiver dormindo seja pelo simples prazer de ver os olhos abertos ou pela  necessidade de estar perto.
  A pa e ma - ternidade, quando abalam uma boa noite de sono ocasiona perda vagarosa de neurônios, erros e conjugação em palavras ditas e digitação imperfeita. Por isso que na apresentação do blog, logo ali em cima, eu peço desculpas pelos possíveis erros. Espero poder recuperar o raciocínio lógico um dia. Mesmo assim, e sem estudar porque minha filha ama brincar com computador e papel, consegui passar em um concurso público da minha cidade. Não é muita coisa. Eu moro em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, uma das cidades que pior paga professores.
  Disseram que esse concurso foi um dos mais difíceis já realizados para a área que me inscevi, espero que também não seja difícil me convocarem.
  Mas enfim, ainda há esperança para o meu cérebro.
  Minha riqueza e meu maior prazer, meu cansaço, minha filha está com um ano de idade, corre de pinico, quer beber água em copo sem tampa e se molha toda, acorda gritando "mamãe", adora falar "não", dá Upa e beijo e quando eu brigo com ela porque fez besteira ela dá um sorriso de comprar qualquer coração.
  Eu sou feliz!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A preparação e a depilação

  Bem, eu não sei se todos vocês que leem meu blog sabem mas antes de o parto ocorrer, sendo ele normal ou cesária, a mulher precisa fazer uma deliação básica, seja ela como for. O negócio é deixar o "acesso ao campo", o "túnel do amor" sem gramado.
  Eu nunca fiz uma depilação com cera. Quando no meu dia de noiva me perguntaram se eu queria eu respondi "Não, obrigada. Já fiz!" Respondi isso porque um dia antes eu sonhei que havia feito uma depilação à cera e cheguei na Igreja e adentrei no meu momento majestoso de estrela mór da cerimônia mancando, andando como uma "cadeiruda" e cheia de curativos nas partes diretamente afetadas.
  Não que isso ocorra na realidade, pelo menos nunca ouvi ninguém dizer que chamou o SAMU durante ou depois da depilação. Se isso ocorreu com alguém me digam, por favor.
  Mas eu estou escrevendo isso porque recebi por uma dessas redes sociais um texto relatando "A primeira experiência da depilação" e esse texto me fez dar graças a Deus por eu não ter passado por isso ainda. O texto é brilhantemente e sinceramente escrito o único nome que aparece para a referência de autora é de uma Isabela. A produção tem palavras que geralmente eu não uso no blog. Não é nada tão pesado que me faça escrever um "PI" no lugar e ou que me faça recomendar a classificação etária.
  Quero dizer três coisas para quem for ler:
1ª O texto que se segue não é meu, mas se alguém descobrir a origem por favor me passem para que eu faça a devida referência;
2ª O texto é longo mas vale apena ler até o final;
3ª Mulheres, não desistam da depilação à cera; homens, admirem e respeitem as mulheres mais do que nunca, pois toda a mulher sofre para manter a beleza. Então, não economizem elogios.

TEXTO ALHEIO

 "Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer..., porque elas ao menos m...e avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h? 
Realçar a beleza dá
um trabalho...

- Ok. Marcado.

  Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de "Calígula" com "O albergue".

  Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.

  Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo.
  De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
- .é... é, isso.
  Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
  Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma esp átula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
  Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
  Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
  Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?

  Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
  Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
  Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
  Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.
"Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo: "Baixe a calcinha".... como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar?!... eu estava com
sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.
Mas eu ainda estou na luta...

Fica a minha singela homenagem para nós mulheres! Isabela."